quinta-feira, 23 de julho de 2015

Smartphones ajudam a diagnosticar depressão

Dados fornecidos pelo aparelho podem indicar com mais de
80% de precisão sintomas de depressão no usuário
(CCM SAÚDE) - Uma equipe de pesquisadores dos Estados Unidos mostrou que os padrões de uso do smartphone por um indivíduo podem indicar uma possível depressão. Os resultados surpreendentes abrem novos caminhos para o diagnóstico.

O estudo, realizado por uma equipe de pesquisadores da Universidade Northwestern, em Chicago (EUA), e publicado nesta quarta-feira (15) no 'Journal of Medical Internet Research' revelou que dados do smartphone podem prever com precisão de 86,5% se uma pessoa apresenta sintomas de depressão.

"Descobrimos que quanto mais tempo as pessoas passam em seus telefones, mais propensas elas estão de estarem deprimidas", disse David Mohr, principal autor do estudo e diretor do Centro de Tecnologia de Intervenção Comportamental da Universidade Northwestern.

Para o estudo, os cientistas recrutaram 40 pessoas, que responderam a um questionário para medir sintomas de depressão. Paralelamente, os participantes baixaram um aplicativo no seu telefone que determinava a sua posição através de GPS a cada cinco minutos, o número atividades e tempo gasto no telefone. Depois, elas foram seguidas por 15 dias.

"As pessoas que tendem a ficar mais tempo em um ou dois lugares, por exemplo em casa e no trabalho e, depois, voltar para casa, ao contrário daquelas cujos deslocamentos são mais frequentes, são mais propensas a terem altos níveis de depressão", diz Mohr. A pesquisa também estabeleceu que as pessoas deprimidas usam seus telefones por uma média de 68 minutos, enquanto que aquelas sem sintomas passam apenas cerca de 17 minutos falando no aparelho".

Entretanto, os pesquisadores apontam que as conclusões não são definitivas porque os dados sobre os sintomas da depressão foram autodeclarados pelos participantes através dos questionários e são, portanto, susceptíveis de terem sido sobre ou subestimados. Além disso, o tamanho da amostra foi pequeno.

Foto: © Pixabay.

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